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Channel: Instituto Ludwig von Mises Portugal » André Pereira Gonçalves
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Os malandros

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PORTUGUESES EN MEXICO 2012 en la calle

Saiu um relatório a apontar que Portugal era um dos 7 países da Europa com menos evasão fiscal[1].

A evasão fiscal, como a fraude fiscal ou a economia paralela, são já uma constante na histeria – perdão – debate nacional.

Este tipo de temas são não poucas vezes o início para conversas – eu direi gritaria – que se ouvem nos cafés, nas redes sociais ou nos restaurantes onde anda Raquel Varela, de que o povo português é “malandro”, “ladrão”, “falso” e por aí fora.

Ora isso não passa de um enorme desprezo de alguns dos nossos compatriotas – muitos dos quais afirmam ser acérrimos defensores do mesmo povo que desprezam e com quem nunca convivem, a não ser claro para gritarem com eles que não deviam usar uma lixivia tão pirosa para limpar o pólo que compraram na feira de Carcavelos. É a ideia que os portugueses são fundamentalmente maus, corruptos, medíocres e, por via lógica, precisam de ser escorraçados, controlados ou para usar termos mais modernos – e por consequente ainda mais viciosos e mais destruidores no final – educados.

Isto, já absolutamente escandaloso, não soube ter uma resposta adequada. Nós, os liberais portugueses, como aliás o resto da Direita portuguesa não socializante – a Esquerda portuguesa por mim está completamente perdida, a nossa não é como a neo-zelandesa ou a alemã – deixamo-nos durante demasiado tempo sermos levados para as trevas do egoísmo barato e a degeneração do darwinismo social ; quando somos nós os primeiros a pensar como podemos ajudar e tirar os nossos próximos mais frágeis da penúria, somos nós que vamos trabalhar para poder poupar um máximo, tirando uns da miséria por via do emprego criado, tirando outros graças ao dinheiro que poupamos e doamos a quem os ajudar, ou mesmo estando nas Igrejas e nas instituições de caridade a reconfortar no terreno. E como se não bastasse ajudamos os nossos familiares e amigos mais queridos quando passam por mal, sem que precisemos de alguma lei, de algum bastão em definitivo, a nos o obrigar.

(Claro nem todos são assim, mas ao menos ideologicamente e filosoficamente podem dar-se ao luxo de tomar tais riscos).

Por isso basta de nos deixarmos levar pelos esgotos nauseabundos onde muitos nos andam a atirar. E não é por orgulho pessoal, nem sequer para restablecer a verdade.

Não, é antes de mais porque as portuguesas e os portugueses merecem ser respeitados e merecem o melhor. E só nos, as nossas ideias, a nossas acções, podemos conseguir que este grande desígnio, de voltarmos a ser um grande País e finalmente conseguir ser um País onde vale mesmo a pena de viver.

Porque somos capazes, porque somos liberais, porque somos portugueses.

[1] http://observador.pt/2015/09/08/portugal-em-7-o-lugar-na-evasao-fiscal-na-europa/

 


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